Na noite de quinta-feira, a Tesla revelou o Cybercab, um carro autônomo sem volante e pedais, projetado para o transporte de passageiros. Apesar das expectativas geradas pelo lançamento, o evento não atendeu ao que o mercado esperava, resultando em uma queda significativa nas ações da montadora. A desvalorização das ações de 8,8% na sexta-feira levou a perdas expressivas para o CEO da empresa, que viu sua fortuna diminuir em US$ 11,8 bilhões. Especialistas destacaram que a apresentação foi considerada vaga e sem detalhes essenciais sobre o modelo, como prazos para produção e aprovação regulatória.
Os analistas financeiros criticaram a falta de informações concretas durante o evento, o que deixou investidores insatisfeitos. Embora alguns especialistas, como Dan Ives, tenham defendido a apresentação como satisfatória, a maioria dos investidores esperava mais clareza sobre a viabilidade do produto e o plano de negócios para competir no mercado de táxis autônomos. A insatisfação foi evidente, com acionistas expressando decepção pela ausência de prazos definitivos e informações mais robustas.
O Cybercab, que deve entrar em produção em 2026 e terá um preço estimado de menos de US$ 30 mil, enfrenta uma concorrência intensa de empresas como Waymo, Cruise e Uber, que utilizam tecnologias mais complexas para garantir a segurança de seus veículos. A estratégia da Tesla de utilizar inteligência artificial com câmeras mais simples, embora busque reduzir custos, pode complicar a aprovação regulatória. Além do Cybercab, Musk também apresentou um robô autônomo e um robovan, ampliando a visão da empresa sobre o futuro do transporte autônomo.