O filme Terrifier 3, recém-lançado nos cinemas brasileiros, dá continuidade à franquia iniciada em 2016 pelo diretor Damien Leone. Apesar de ser o terceiro da série, o longa ainda se dirige a um público restrito, predominantemente fãs de filmes de terror extremos, como O Massacre da Serra Elétrica e Jogos Mortais. Com uma temática natalina, a nova obra não consegue mesclar tão bem o espírito festivo com o horror, o que limita sua recepção entre os espectadores que não estão imersos nesse subgênero.
A narrativa segue Art, o Palhaço, uma figura imortal com um gosto particular por assassinatos grotescos, que se depara novamente com Sienna, a protagonista que sobreviveu ao filme anterior. Embora o filme apresente uma estrutura narrativa mais definida em comparação com suas prequelas, culminando em um cliffhanger que sugere a origem de Art e a singularidade de Sienna, ele ainda não atinge a profundidade de personagens icônicos como Nancy e Freddy de A Hora do Pesadelo.
O destaque da produção continua sendo a atuação de David Howard Thornton, que incorpora Art com uma intensidade que se tornou característica da franquia. Contudo, o filme, assim como os anteriores, parece compor uma série de cenas de choque e violência extrema, que podem impressionar aqueles que não estão familiarizados com o estilo. A continuidade da franquia indica uma evolução gradual, mas permanece como um nicho específico dentro do cenário do cinema de terror.