O aumento das tensões entre Israel e Irã foi intensificado após um ataque com 200 mísseis que atingiu o território israelense na terça-feira, 1º. Em resposta, Israel está planejando uma retaliação, com a coordenação dos Estados Unidos, que expressaram sua oposição a um ataque israelense às instalações nucleares do Irã. A situação é alarmante, dado que Israel há muito tempo ameaça atacar os programas nucleares iranianos, os quais estão em expansão desde a ruptura do acordo de 2015.
O programa nuclear iraniano é amplamente disperso, com instalações em diversos locais, sendo que alguns deles estão subterrâneos. O Irã tem enriquecido urânio a até 60% de pureza, próximo dos 90% necessários para a fabricação de armas nucleares, e possui material suficiente que, se devidamente enriquecido, poderia ser utilizado para quase quatro bombas. Locais como Natanz e Fordow são centrais nesse processo, sendo que a primeira abriga instalações tanto subterrâneas quanto acima do solo, enquanto a segunda é considerada mais protegida contra ataques aéreos.
Além disso, o Irã possui centros nucleares em Isfahan e Khonab, com instalações que apresentam riscos de proliferação nuclear. A AIEA, agência da ONU, tem monitorado o programa nuclear iraniano, que se tornou alvo de controvérsias e desconfianças internacionais. As ações do Irã e a potencial resposta de Israel configuram um cenário de crescente instabilidade na região, levantando preocupações sobre um possível conflito armado e suas implicações globais.