Por questões de segurança, os jogadores do Botafogo não realizaram a tradicional entrevista após a partida, mas agradeceram aos cerca de 1.600 torcedores presentes no Estádio Centenário, onde comemoraram a classificação à final da Copa Libertadores com um placar agregado de 6 a 3. A equipe adotou uma postura cautelosa para evitar conflitos com os torcedores do Peñarol, especialmente considerando a importância da decisão que se aproxima contra o Atlético-MG, programada para o dia 30 de novembro em Buenos Aires.
A situação no entorno do jogo foi exacerbada por relatos de racismo e episódios de violência, como o apedrejamento de ônibus da delegação e torcedores do Botafogo. Dentro do estádio, faixas foram exibidas por torcedores do Peñarol pedindo a liberação de torcedores detidos anteriormente no Rio de Janeiro. Após o jogo, os torcedores que assistiram à partida em Montevidéu enfrentaram longas esperas para deixar o local devido à tensão generalizada.
Os conflitos recentes no Rio de Janeiro, que incluíram vandalismo e confrontos com a polícia, levaram autoridades uruguaias a solicitar que a partida recebesse torcida única. A Conmebol interveio e decidiu mudar o local do jogo para o Estádio Centenário, ressaltando as preocupações com a segurança dos torcedores. A situação destaca a delicadeza do clima no futebol sul-americano, onde rivalidades acirradas frequentemente se manifestam em tensões fora dos campos.