As tensões entre Israel e Irã aumentaram drasticamente após um ataque de 200 mísseis contra território israelense, levantando especulações sobre a possibilidade de um ataque israelense às instalações nucleares do Irã. Enquanto Israel planeja sua resposta, os Estados Unidos estão coordenando as ações junto ao governo israelense, embora o presidente Joe Biden tenha afirmado que não apoiará um ataque a locais nucleares iranianos. O programa nuclear do Irã, que foi alvo de restrições sob um acordo de 2015, teve suas limitações progressivamente abandonadas após a retirada dos EUA em 2018.
O Irã, atualmente, enriquece urânio a até 60% de pureza físsil em vários locais, como Natanz e Fordow, com a capacidade de produzir material suficiente para quase quatro armas nucleares. O complexo de Natanz, localizado em uma área montanhosa, abriga plantas subterrâneas de enriquecimento e tem sido um foco de preocupação internacional desde que um grupo de oposição revelou sua construção secreta em 2002. Já Fordow, escavado em uma montanha, é considerado mais protegido contra ataques aéreos e recentemente dobrou sua capacidade de centrífugas, incluindo modelos avançados.
Além dessas instalações, o Irã possui centros importantes em Isfahan e Khonab, onde atividades sensíveis à proliferação nuclear são realizadas. A instalação de Bushehr, que opera com combustível russo, é a única usina nuclear em funcionamento no país. A situação atual reflete um cenário complexo de disputas geopolíticas e de segurança, com a comunidade internacional atenta às potenciais implicações de um possível conflito.