Na terça-feira (15), a Coreia do Norte detonou trechos de estradas e ferrovias em sua fronteira com a Coreia do Sul, de acordo com o exército sul-coreano. As explosões ocorreram após o governo norte-coreano ter anunciado, na semana anterior, a intenção de cortar completamente as ligações de transporte com o sul e reforçar a segurança na região. Em resposta, as forças sul-coreanas dispararam tiros de advertência, embora os danos não tenham atingido seu território. A escalada das tensões é parte de um contexto mais amplo, com as duas nações ainda tecnicamente em guerra desde o armistício de 1953.
A situação se intensificou após acusações da Coreia do Norte de que drones sul-coreanos estariam sobrevoando Pyongyang, espalhando panfletos críticos ao regime. Este evento foi interpretado como uma provocação militar e política que poderia desencadear um conflito armado. O líder norte-coreano, em reunião com oficiais de defesa, discutiu estratégias de resposta àquilo que considerou uma violação da soberania do país.
Historicamente, os laços entre as duas Coreias variaram entre períodos de conflito e tentativas de aproximação, como a cúpula de 2018 que prometeu um novo começo de paz. Contudo, a recente escalada de hostilidades e a retórica provocativa de ambos os lados indicam que as esperanças de um diálogo construtivo estão ameaçadas, ressaltando a fragilidade da estabilidade na península coreana.