O governo da Venezuela convocou seu embaixador em Brasília, em um gesto considerado uma repreensão ao Brasil. A tensão se agravou após o presidente Lula não reconhecer a vitória de Maduro nas últimas eleições, as quais foram alvo de críticas por parte da comunidade internacional devido à falta de transparência. Em resposta, o governo venezuelano classificou as declarações do assessor da Presidência brasileira, Celso Amorim, sobre a relação entre os dois países como intervencionistas e inadequadas.
As críticas de Amorim, que afirmaram uma quebra de confiança entre Brasil e Venezuela, foram vistas como uma agressão constante às relações diplomáticas, levando o governo venezuelano a convocar o representante de negócios do Brasil para explicações. A situação é um desdobramento de um histórico de desentendimentos, incluindo a recente posição do Brasil contra a inclusão da Venezuela no grupo Brics, o que intensificou o ressentimento por parte do governo venezuelano.
O Ministério das Relações Exteriores da Venezuela expressou seu repúdio às ações do Brasil, alegando que a postura adotada compromete a colaboração regional e os princípios de integração latino-americana. Além de convocar o embaixador, a Venezuela se reserva o direito de tomar medidas em resposta a essas atitudes, que, segundo eles, prejudicam os laços entre os dois países e os esforços conjuntos em fóruns multilaterais.