Na tarde de sexta-feira (11), a cidade de São Paulo foi surpreendida por uma forte tempestade que resultou em pelo menos sete mortes em quatro municípios. A prefeitura registrou mais de 200 ocorrências relacionadas a quedas de árvores e galhos, refletindo a intensidade do fenômeno. Ventos fortes, com velocidades de até 107 km/h, foram observados em diversas regiões, causando danos significativos, incluindo a destruição de partes do forro e da fachada de um shopping na zona sul.
De acordo com a meteorologista Estael Sias, o principal fator que levou à formação da tempestade foi o contraste de temperatura entre uma frente fria e o ar quente na parte leste de São Paulo. Esse contraste gerou nuvens carregadas típicas de temporais, principalmente nas regiões da capital e metropolitana. O evento, caracterizado por rajadas de vento concentradas, é mais comum na região sul do Brasil e pode ter potencial para gerar fenômenos severos, como tornados.
Sias também destacou a presença de raios com coloração azulada, um sinal de alerta relacionado à presença de gelo nas nuvens. Essa mudança na tonalidade dos raios está associada à refração da luz em camadas de nuvens super resfriadas, indicando que as nuvens sobre a cidade possuíam características que poderiam levar a condições climáticas mais severas. O fenômeno levanta preocupações sobre a necessidade de uma maior preparação e resposta a eventos climáticos extremos na região.