Os presídios do estado do Rio de Janeiro enfrentam um desafio significativo com a defasagem tecnológica de seus bloqueadores de celular, que operam com tecnologia 3G há mais de dez anos. A secretária de Administração Penitenciária, Maria Rosa Nebel, anunciou que um novo processo licitatório está previsto para novembro, com a expectativa de aquisição de equipamentos mais modernos. A busca por novos aparelhos já está em andamento, com um edital a ser lançado em breve.
Em meio a essa situação, a Polícia Civil, em colaboração com a Corregedoria da Administração Penitenciária, iniciou a Operação 13 Aldeias, que visa desmantelar uma organização criminosa que atua em várias unidades penitenciárias do estado. As investigações revelaram movimentações financeiras ilícitas de aproximadamente R$ 70 milhões, originadas de atividades criminosas como tráfico de drogas e extorsões. As ações policiais resultaram na apreensão de bens e no afastamento de servidores envolvidos.
Além disso, desde 2022, cerca de 7 mil celulares foram confiscados nas operações contra a facção em questão. As investigações identificaram que esses dispositivos entram nas unidades prisionais através de métodos como a corrupção de agentes e a utilização de empresas terceirizadas. A administração penitenciária reafirmou seu compromisso em combater as irregularidades e intensificar as revistas nas unidades, visando aumentar a segurança e a ordem no sistema prisional.