Um técnico de enfermagem foi condenado a 12 anos, nove meses e dois dias de prisão em regime fechado por tentar matar sua companheira enquanto ela estava internada em uma UTI em Joinville, Santa Catarina. O crime ocorreu em 25 de abril de 2015, quando o homem, que trabalhava em outra unidade hospitalar, levou seringas e uma medicação exógena durante uma visita. Ele aplicou a substância na corrente sanguínea da vítima, que sofreu graves complicações de saúde, incluindo cefaleia, taquicardia e parada respiratória.
A condenação foi baseada em três qualificadoras: emprego de meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio. O Ministério Público destacou que o acusado se aproveitou da vulnerabilidade da mulher para realizar o ato sem que ela pudesse reagir. Durante o julgamento, foi afirmado que a motivação do crime estava relacionada a uma disputa patrimonial, uma vez que o casal estava em litígio por um apartamento.
A defesa do réu ainda poderá recorrer da decisão, mas ele não terá o direito de recorrer em liberdade. A rápida intervenção da equipe médica foi crucial para a sobrevivência da mulher, que, conforme relatos, estava completamente alheia à ação de seu companheiro. O caso ressalta a importância de medidas rigorosas contra a violência doméstica e a necessidade de proteção das vítimas em situações de fragilidade.
