As taxas do Tesouro Direto registraram um aumento significativo na sexta-feira (18), após uma sessão de alta intensa na véspera. O título prefixado com vencimento em 2031, por exemplo, renovou sua máxima do ano, atingindo uma rentabilidade de 13,01% ao ano. Em comparação, na segunda-feira (14), esse mesmo título oferecia uma taxa de 12,69%. O aumento das taxas, que estava abaixo de 11,50% há um mês, reflete as incertezas do mercado em relação à política fiscal brasileira.
O sentimento de desconfiança entre os investidores se intensifica quanto à implementação do pacote de cortes de juros proposto pelo governo. Especialistas divergem sobre a viabilidade desse plano, e alguns sugerem que a alta nas taxas pode ser um exagero. Além disso, o cenário é influenciado pelo aumento do dólar, que está em sua terceira semana de ganhos, impulsionado por uma moderação do Banco Central Europeu e por dados robustos da economia americana. Essas condições diminuem as expectativas sobre a velocidade com que as taxas de juros nos Estados Unidos podem cair, especialmente com as incertezas políticas.
Outros títulos do Tesouro Direto também apresentaram elevações nas taxas, como o Tesouro IPCA+ com vencimento em 2035, que subiu para 6,55% acima da inflação. O mercado continua a monitorar de perto as mudanças nas taxas de juros e seus impactos na economia, buscando entender as dinâmicas entre os movimentos internacionais e as políticas fiscais internas.