Após duas semanas de altas, as taxas dos títulos públicos no programa do Tesouro Direto registraram uma forte queda nesta quarta-feira (2). Essa movimentação segue a suspensão das negociações na terça-feira, em virtude da greve dos servidores, e é impulsionada pela elevação da nota de crédito do Brasil pela Moody’s, que passou de Ba2 para Ba1, com perspectiva positiva. A agência de classificação de risco ressaltou o crescimento robusto do país e um histórico de reformas que melhoraram a resiliência do seu perfil de crédito, embora a credibilidade do arcabouço fiscal permaneça moderada.
Como consequência dessa melhora na percepção do risco, as taxas dos títulos prefixados apresentaram quedas significativas. Por exemplo, a taxa dos papéis com vencimento em 2027 passou de 12,34% para 12,22%, enquanto o título de 2031 viu sua taxa recuar de 12,53% para 12,40% ao ano. Além disso, os juros reais dos títulos atrelados à inflação também caíram, com destaque para o Tesouro IPCA+ 2045, cuja remuneração passou de 6,38% para 6,28% ao ano.
As taxas anteriormente elevadas refletiam o aumento da taxa de juros em 0,25% decidido pelo Comitê de Política Monetária (Copom) em setembro, que foi intensificado por revisões em indicadores econômicos. O movimento de queda nos juros dos títulos públicos indica uma reação positiva do mercado às melhorias na classificação de crédito do Brasil, mostrando um otimismo cauteloso em relação ao futuro econômico do país.