Os juros futuros apresentaram uma reversão significativa no período da tarde, com uma queda que atingiu até 25 pontos-base em diversos contratos principais. Esse movimento de correção foi influenciado por declarações do ministro da Fazenda e do presidente do Banco Central, além de uma melhora na curva dos Treasuries. Na manhã, as taxas tinham subido, pressionadas por um IPCA-15 que superou as expectativas, ultrapassando os 13% nas taxas de vencimentos intermediários e longos.
Ao final do dia, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 recuou para 12,59%, enquanto a do DI para janeiro de 2027 caiu para 12,695%. O impacto do IPCA-15, que registrou uma inflação de 0,54% em outubro, foi absorvido pelo mercado já no início da tarde, levando as taxas a se estabilizarem e a caírem em sequência após as 14h, especialmente devido às intervenções de autoridades monetárias que comentaram sobre a precificação exagerada de ativos no mercado.
A curva de juros projetava uma Selic de 13,35% no fim do ciclo, com uma probabilidade de 88% de uma alta de 50 pontos na próxima reunião do Copom. As autoridades também mencionaram a necessidade de um corte de gastos estruturais, destacando que desafios internos nos ministérios podem dificultar a execução dessas medidas. Apesar das reações iniciais negativas ao IPCA-15, as recentes chuvas trouxeram um certo alívio para os preços de alimentos e energia, indicando possíveis mudanças no cenário inflacionário a curto prazo.