Os juros futuros encerraram a semana em alta, com as taxas de médio e longo prazos se aproximando de 13%, influenciadas pelo temor fiscal persistente. Apesar de não haver notícias diretas que impactassem o mercado, a falta de sinais positivos sobre a revisão de gastos públicos aumentou a pressão sobre as taxas, que acumularam elevações ao longo da semana. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026, por exemplo, subiu de 12,69% para 12,70%, enquanto a de janeiro de 2027 alcançou 12,90%, ante 12,85% do dia anterior.
Na semana, as taxas tiveram queda apenas na segunda-feira, após a divulgação de um possível pacote de contenção de gastos pós-eleitoral, que trouxe algum alívio momentâneo. Entretanto, essa melhora foi rapidamente ofuscada por reações negativas a projetos de lei que podem excluir estatais do orçamento, além do recente fundo de socorro a empresas aéreas, que gerou mais incertezas. Durante um evento em São Paulo, o ministro da Fazenda anunciou uma linha de crédito para empresas afetadas por problemas locais, mas não abordou a revisão de gastos, o que poderia ter acalmado os mercados.
As perspectivas a curto prazo permanecem desfavoráveis, com um cenário político instável e a agenda do Congresso paralisada por conta das eleições municipais. Adicionalmente, fatores externos, como a incerteza em relação às eleições nos EUA e a situação econômica da China, estão pressionando ainda mais a economia brasileira. A moeda nacional fechou perto de R$ 5,70, refletindo a volatilidade do câmbio em meio a essas condições adversas.