As taxas dos DIs no Brasil aumentaram pela quarta sessão consecutiva, com diversos vencimentos se aproximando dos 13%. Esse movimento reflete a desconfiança persistente em relação à política fiscal do governo atual, em um cenário global de incertezas. Em outubro, as taxas avançaram em 10 das 14 sessões, com destaque para a taxa do DI de janeiro de 2025, que subiu de 11,182% para 11,192%, enquanto a taxa para janeiro de 2027 passou de 12,849% para 12,92%.
O pessimismo em torno da capacidade do governo de equilibrar as contas públicas tem sido um fator determinante para a alta das taxas futuras. Mesmo com a queda nos rendimentos dos Treasuries nos Estados Unidos, a desconfiança dos investidores se intensificou, levando à valorização do dólar em relação ao real. Durante um evento em São Paulo, o ministro da Fazenda enfatizou a necessidade de crescimento sustentável para o país, enquanto o presidente sinalizou possíveis medidas para apoiar cidadãos afetados por problemas de infraestrutura.
Analistas apontam que a expectativa de alta nas taxas de juros se intensificou, com 90% de probabilidade de um aumento de 50 pontos-base na Selic em novembro. Atualmente, a Selic está fixada em 10,75% ao ano. O cenário internacional também influencia essa dinâmica, com a incerteza em relação à política monetária dos Estados Unidos contribuindo para o aumento das taxas de juros no Brasil.