Os juros futuros encerraram a sessão com uma leve queda, reflexo de uma correção técnica em resposta a prêmios considerados elevados, que pressionaram os contratos longos próximos a 13% no final da semana passada. Apesar do movimento contrário à pressão do dólar e à deterioração nas expectativas de inflação, as preocupações com a situação fiscal continuam a limitar uma recuperação significativa nas taxas. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 fechou em 12,66%, enquanto a de janeiro de 2027 passou de 12,92% para 12,83%.
Em um contexto de agenda reduzida e sem novidades no âmbito fiscal, o mercado teve espaço para ajustes, embora sem indicar tendências claras para os próximos dias. A equipe econômica está focada na elaboração jurídica de propostas para o presidente, preparando-se para um retorno do ministro da Fazenda, que participará de reuniões no exterior. Com a proximidade do segundo turno das eleições, o governo pode esperar um momento mais propício para agir na revisão de gastos, e as propostas a serem avançadas no Parlamento devem ser viáveis até o primeiro semestre de 2025.
As revisões no cenário de inflação e na taxa Selic indicam uma expectativa de alta, conforme relatado pelo Bradesco e pela pesquisa Focus, que mostrou um aumento na previsão de IPCA. O presidente do Banco Central destacou a importância de medidas para equilibrar as contas públicas como fundamentais para a política monetária, enfatizando que a confiança fiscal é essencial para possibilitar a redução sustentada dos juros e alcançar a meta de inflação.