Nos próximos cinco anos, as luvas não cirúrgicas provenientes da China, Malásia e Tailândia enfrentarão tarifas antidumping mais elevadas para entrar no Brasil. O Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) confirmou a aplicação de sobretaxas que variam entre US$ 1,86 e US$ 33,52 por mil unidades, em resposta a práticas de comércio desleal que prejudicam a indústria local. Esses equipamentos são utilizados em áreas como odontologia, veterinária e medicina, e a decisão de tornar a tarifa definitiva se baseia em investigações que comprovaram a ocorrência de dumping, caracterizado pela venda a preços abaixo do custo de produção.
Além das luvas, outras medidas antidumping provisórias foram aprovadas para diferentes produtos. Empresas chinesas que importam folhas metálicas pagarão sobretaxas que variam de US$ 257,97 a US$ 341,28 por tonelada. Nebulizadores e pigmentos de dióxido de titânio também sofrerão sobretaxas, que podem chegar a US$ 1.772,69 por tonelada, visando proteger os produtores nacionais da concorrência desleal. O governo brasileiro tem intensificado o uso de tarifas antidumping como estratégia para salvaguardar a indústria local.
A aplicação dessas tarifas é permitida pela Organização Mundial do Comércio (OMC) e reflete um esforço do governo para responder a práticas comerciais que ameaçam a produção nacional. As medidas antidumping provisórias, que têm validade de até seis meses, foram implementadas com mais frequência em 2024, reforçando a proteção ao setor industrial brasileiro diante da crescente concorrência externa.