Nesta semana, milhares de formigas tanajuras foram encontradas mortas em uma praia em Aracruz, Espírito Santo, durante o período reprodutivo da espécie. Esse fenômeno chamou a atenção dos banhistas, que brincaram sobre o uso das formigas na culinária local, onde são frequentemente consumidas em pratos como farofa e petiscos. Embora a tanajura não represente risco à saúde humana, o evento gerou curiosidade e discussões sobre sua riqueza nutricional, especialmente em proteínas.
A tradição de utilizar tanajuras na culinária é especialmente forte entre as comunidades indígenas da região, onde o prato é passado de geração em geração. O líder da comunidade tupinikim, Jocelino Tupinikim, destacou que as crianças aguardam ansiosamente o mês de outubro para coletar as formigas, que são fritas e servidas com farinha de mandioca. A forma como as tanajuras são preparadas pode variar, incluindo receitas que utilizam a parte traseira do inseto em bolos e saladas, o que revela um aspecto gastronômico curioso e exótico.
Biólogos explicaram que o fenômeno das tanajuras mortas está associado às condições climáticas da região, como chuvas e ventos fortes, que podem ter levado as formigas ao mar durante sua revoada. A prefeitura local confirmou que o evento está ligado ao ciclo reprodutivo da espécie, enfatizando que não foi necessário realizar limpeza na praia, já que a maioria das formigas havia sido levada pela maré. A situação destaca a interação entre cultura, tradição e natureza na região, evidenciando a importância das tanajuras na alimentação local e a relação dos habitantes com o meio ambiente.