O governo de Taiwan informou que a China mobilizou um número recorde de 153 aeronaves militares em exercícios de guerra ao redor da ilha, o que representa uma escalada significativa nas tensões regionais. Esses exercícios, chamados Joint Sword-2024B, foram realizados sem aviso prévio e são vistos como um alerta contra possíveis movimentos separatistas, especialmente após um discurso recente do presidente de Taiwan. O primeiro-ministro de Taiwan, Cho Jung-tai, expressou preocupação de que tais ações possam comprometer a paz e a estabilidade na região.
O Ministério da Defesa de Taiwan destacou que, durante o exercício, 28 das aeronaves cruzaram a linha mediana do Estreito de Taiwan, uma barreira não oficial que a China não reconhece. Além das aeronaves, foram avistados 14 navios da Marinha chinesa e 12 embarcações de agências governamentais. As atividades militares não se limitam apenas ao espaço aéreo de Taiwan, mas também afetam os direitos de navegação e a segurança marítima em áreas adjacentes, atraindo a atenção de outros países.
Os exercícios chineses geraram preocupações significativas nos Estados Unidos e entre seus aliados, que os classificaram como irresponsáveis e desestabilizadores. O Pentágono enfatizou que essas manobras podem agravar ainda mais a situação na região, que já é marcada por uma relação tensa entre Taiwan e China, complicando as dinâmicas de segurança no Leste Asiático.