A Suzano (SUZB3) reportou resultados acima das expectativas no terceiro trimestre de 2024, com um Ebitda de R$ 6,5 bilhões, superando em 5% as previsões do mercado. As ações da empresa registraram alta de 3,33%, sendo negociadas a R$ 59,31. Os analistas destacaram o aumento nos volumes de vendas de celulose e papel, impulsionados pela depreciação do câmbio, que compensou a queda nos preços da celulose. O fluxo de caixa robusto, proveniente do início das operações do projeto Cerrado, posiciona a Suzano como uma opção atrativa para os investidores, com rendimentos projetados de fluxo de caixa livre entre 12% e 15% para 2025 e 2026.
Os bancos de investimento como BTG e Bradesco BBI também avaliaram os resultados como sólidos, enfatizando a eficiência do projeto Cerrado e seu potencial para mitigar pressões de preços futuras. O BTG reafirmou sua recomendação de compra, com um preço-alvo de R$ 81, destacando que a empresa está gerando um yield anualizado de fluxo de caixa próximo a 20%. Por sua vez, o BBI espera um desempenho operacional contínuo, apesar da expectativa de preços menores da celulose no quarto trimestre de 2024, mantendo sua recomendação de compra e preço-alvo de R$ 78.
Além dos resultados financeiros positivos, a Suzano está explorando oportunidades de crescimento inorgânico, demonstrando interesse na aquisição de empresas como a Rand-Whitney Group. Embora a companhia não tenha comentado oficialmente sobre esses interesses, a análise sugere que uma transação com a Rand-Whitney, com capacidade potencial de 2 milhões de toneladas, poderia ser viável, estimando-se um valor em torno de US$ 800 milhões. Essa abordagem conservadora para aquisições reflete uma estratégia de crescimento focada em ativos menores, mantendo a saúde financeira da Suzano.