A Operação Última Ratio investiga alegações de corrupção no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, envolvendo transferências bancárias de uma advogada condenada por estelionato a advogados filhos de desembargadores. De acordo com as investigações, os valores recebidos pelos advogados Rodrigo Gonçalves e Fábio Castro Leandro seriam compensações por decisões judiciais que favoreceram a advogada, permitindo-lhe a obtenção de R$ 5,5 milhões por meio de documentos falsificados.
As investigações da Polícia Federal indicam que o juiz Paulo Afonso de Oliveira e o desembargador aposentado Júlio Roberto Siqueira Cardoso estariam envolvidos em um esquema de corrupção, tendo suas decisões questionadas como parte de um suposto estelionato. A atuação desses magistrados é descrita como intencional e conivente com a prática criminosa, levando a PF a solicitar a abertura da operação no Superior Tribunal de Justiça.
Durante a operação, foram encontrados quase R$ 3 milhões em dinheiro vivo na residência de um dos desembargadores, o que gerou suspeitas sobre a origem do montante e sua relação com pagamentos indevidos. A defesa dos envolvidos não foi contatada no momento, mas o espaço está aberto para suas manifestações, enquanto a investigação continua a elucidar os detalhes do caso e as possíveis implicações legais.