O Supremo Tribunal Federal (STF) assumirá a responsabilidade de analisar e homologar o acordo de renegociação para a reparação de danos resultantes do rompimento da barragem em Mariana, Minas Gerais. A decisão do presidente do STF, Luís Roberto Barroso, foi tomada a pedido das partes envolvidas, que alegaram a existência de divergências que poderiam gerar novos conflitos judiciais. Barroso destacou a importância do tribunal na validação do acordo, ressaltando que essa intervenção pode evitar a judicialização contínua do caso, que se arrasta há nove anos.
O acordo, que totaliza R$ 170 bilhões, inclui indenizações já pagas pelas empresas envolvidas e novas obrigações. Está programada a assinatura do acordo no Palácio do Planalto, evento que contará com a presença do presidente da República e de governadores dos estados afetados. A celebração do acordo visa promover a reparação integral dos danos causados pelo desastre ambiental, que em 2015 resultou na morte de 19 pessoas e na devastação de comunidades e ecossistemas.
A decisão do STF é vista como um reconhecimento do esforço de conciliação em busca de uma resolução justa, refletindo a atuação conjunta do Judiciário e das partes interessadas. O tribunal busca assegurar que a reparação atenda às demandas das vítimas e minimize os impactos da tragédia, reforçando o comprometimento das autoridades com a justiça e a segurança jurídica na resolução desse litígio complexo.