O ministro Cristiano Zanin foi o único membro do Supremo Tribunal Federal (STF) a comparecer à posse da nova gestão do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ao lado do presidente do STF e da presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A ausência dos demais ministros do STF contrasta com a presença unânime deles na cerimônia de posse do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), destacando um momento de tensão entre os tribunais.
A situação reflete uma divergência crescente entre o STF e o TST, especialmente em relação à competência sobre questões de terceirização. Enquanto o TST reconhece vínculos empregatícios em casos de fraude em contratos de pessoa jurídica, o STF tem anulado decisões proferidas por juízes trabalhistas, levantando preocupações sobre a autonomia da Justiça do Trabalho.
Na cerimônia, também marcaram presença representantes do governo, incluindo ministros do Trabalho e da Advocacia-Geral da União, o que evidencia a importância do evento, apesar da falta de prestígio percebida pelo STF em relação ao TST. Essa dinâmica ressalta as tensões entre diferentes esferas do Judiciário e a influência que essas relações podem ter sobre a interpretação e aplicação das leis trabalhistas no Brasil.