O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu anular as condenações de um ex-ministro relacionadas à operação Lava Jato, estendendo a interpretação de uma decisão anterior que questionou a imparcialidade de um juiz em casos que envolveram altos políticos. O entendimento do STF apontou para indícios de conluio entre o juiz e os procuradores da força-tarefa, sugerindo que as condenações tinham um propósito político de deslegitimar certas lideranças.
A decisão gerou divergência com o procurador-geral da República, que argumentou que as circunstâncias do ex-ministro eram diferentes das do caso de outro político. Ele defendeu que a anulação das condenações não atendia a requisitos legais que justificariam a extensão dos efeitos de uma decisão anterior, uma vez que o ex-ministro não foi formalmente acusado em processos similares. No entanto, o ministro argumentou que a conexão entre os casos era suficientemente forte para garantir um julgamento justo.
Com a anulação, a defesa do ex-ministro alega que seus direitos políticos foram restaurados, permitindo-lhe concorrer em futuras eleições. Especialistas em Direito Eleitoral confirmaram que a decisão elimina as causas de inelegibilidade que pesavam sobre ele. A crítica da situação veio de um ex-juiz, que expressou preocupação com a integridade do combate à corrupção no país, questionando a validade da decisão e as implicações para a Justiça.