O Supremo Tribunal Federal (STF) agendou para o dia 16 de outubro a análise do Plano Pena Justa, apresentado pelo governo federal, que visa combater os problemas estruturais no sistema carcerário brasileiro. O plano foi elaborado com a participação da Advocacia-Geral da União (AGU), da Associação dos Magistrados Brasileiros e da Ordem dos Advogados do Brasil, e recebeu mais de 5.500 propostas da sociedade civil. Entre as ações propostas estão mutirões semestrais para regularizar a situação de detentos, melhorias na infraestrutura das prisões, e programas de saúde e educação voltados para populações vulneráveis.
O objetivo central do plano é superar as condições degradantes nas prisões e estabelecer políticas a longo prazo para prevenir a reincidência de violações dos direitos dos detentos. O documento também busca regularizar a entrada no sistema penal e garantir serviços essenciais, como saúde e segurança alimentar. O STF já havia determinado a elaboração de um plano em resposta a um estado de coisas considerado inconstitucional no sistema penitenciário, reconhecendo a violação sistemática de direitos dos presos.
Além das ações imediatas, o Plano Pena Justa prevê a implantação da Política Nacional de Atenção à Pessoa Egressa, com a intenção de facilitar a reintegração dos ex-detentos ao mercado de trabalho e à sociedade. A proposta ainda depende de análise do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) antes de sua implementação, refletindo a urgência de reformas significativas no sistema prisional brasileiro.