A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu, em uma votação dividida, permitir que o estado da Virgínia mantenha um programa que visa remover da lista de eleitores indivíduos suspeitos de não serem cidadãos. Esta decisão, emitida por uma maioria conservadora da corte, ocorre em meio a uma narrativa política promovida por alguns partidos sobre a suposta votação irregular de não cidadãos. Embora a decisão não tenha uma fundamentação explicativa, críticos argumentam que ela pode afetar cidadãos elegíveis e exacerbar a confusão em torno das eleições, programadas para a próxima semana.
A medida em questão, que foi defendida pelo governador da Virgínia, visa a exclusão de registros de aproximadamente 1.600 eleitores que se autodeclararam como não cidadãos. A ação foi impulsionada por uma ordem do governador que exigia uma verificação mais rigorosa de elegibilidade, baseada em dados do Departamento de Veículos Motorizados. Grupos de direitos de voto expressaram preocupação de que o programa não apenas visasse não cidadãos, mas também pudesse resultar na exclusão indevida de cidadãos elegíveis, uma vez que muitos registros não foram devidamente verificados antes da exclusão.
Além das controvérsias jurídicas, a decisão da Suprema Corte foi criticada por especialistas e grupos de defesa, que consideram que ela contraria a Lei Nacional de Registro de Eleitores, que proíbe mudanças sistemáticas nas listas de registro a menos de 90 dias de uma eleição federal. A falta de clareza sobre os argumentos que fundamentaram a decisão da corte levantou questionamentos sobre as implicações legais e políticas dessa ação, especialmente em um cenário eleitoral já tenso e polarizado.