O nível do Rio Negro em Manaus atingiu 12,25 metros nesta quinta-feira (17), mas a elevação nas águas ainda não é um sinal definitivo de que a estiagem chegou ao fim. De acordo com o Serviço Geológico do Brasil (SGB), são necessárias chuvas mais consistentes e bem distribuídas em toda a bacia do rio para que os níveis possam ser considerados estáveis.
Marcus Suassuna, pesquisador em Geociências do SGB, destacou que as chuvas nesta estação têm sido irregulares, com semanas de precipitações intensas intercaladas por períodos secos. Essa variabilidade climática tem resultado em um aumento modesto no nível das águas, caracterizado por pequenas oscilações e a possibilidade de estabilização ao final do período de seca.
Este ano, a estiagem já é considerada a mais severa da história, com um nível mínimo de 12,11 metros registrado em 9 de outubro. Na seca do ano passado, o Rio Negro começou a encher em 28 de outubro e voltou a vazar em 8 de novembro, um fenômeno conhecido na região como repiquete. As condições atuais sugerem que a recuperação total do rio ainda demanda um padrão de chuvas mais regular e eficaz.