O Supremo Tribunal Federal (STF) discutirá nesta quinta-feira (3) a situação de Ednaldo Rodrigues à frente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A análise se refere a uma liminar concedida pelo ministro Gilmar Mendes em janeiro, que resultou no afastamento de Rodrigues pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Com a decisão, Ednaldo e outros dirigentes eleitos em 2022 retornaram aos seus cargos, gerando discussões sobre a legitimidade de sua posição, especialmente diante da resistência da FIFA em reconhecer o interventor nomeado.
A origem da disputa remonta a uma ação civil pública movida pelo Ministério Público do Rio de Janeiro em 2017, que questionou mudanças nas regras eleitorais da CBF. A Justiça do Rio anulou essas alterações em 2021, resultando em uma intervenção que, embora tenha sido temporariamente cassada, levou a um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre a CBF e o Ministério Público. Esse acordo visou equalizar os pesos nas votações entre as federações e clubes, culminando na eleição de Ednaldo Rodrigues como presidente em 2022.
O futuro de Ednaldo Rodrigues, portanto, dependerá da decisão do STF, que analisará se a liminar de Mendes foi uma medida adequada para evitar danos à estrutura da CBF e sua relação com a FIFA. A situação atual levanta questões sobre a governança no futebol brasileiro e o impacto das decisões judiciais sobre a gestão da entidade.