A Spirit AeroSystems anunciou que colocará 700 funcionários em licença não remunerada por 21 dias, devido ao impacto financeiro da greve em curso na Boeing, que já dura mais de um mês. As licenças afetarão trabalhadores envolvidos na produção dos modelos de aviões widebody 767 e 777, cuja fabricação foi interrompida em consequência da paralisação de mais de 33 mil funcionários nas fábricas da Costa Oeste dos Estados Unidos. Além das licenças, a empresa já havia implementado outras medidas de contenção de custos, como congelamento de contratações e restrições em viagens e horas extras.
Em comunicado, a Spirit destacou a falta de espaço para armazenamento das fuselagens dos modelos que fabrica, o que justifica a necessidade das licenças. O presidente-executivo da empresa expressou preocupação com o bem-estar dos colaboradores afetados e enfatizou o compromisso em oferecer apoio durante este período desafiador. A situação é agravada pelo fato de que diversos fornecedores da Boeing, que haviam investido significativamente em recursos para aumentar a produção, também estão enfrentando dificuldades e adotando medidas similares.
A Spirit Aero, localizada em Wichita, Kansas, alertou que, caso a greve persista além de novembro, poderá ser necessário realizar demissões adicionais e implementar mais licenças. A Boeing, por sua vez, não comentou sobre o assunto. A situação atual destaca os desafios enfrentados pela indústria aeronáutica e o impacto das greves na cadeia de suprimentos e no emprego.