O sistema eleitoral dos Estados Unidos utiliza o Colégio Eleitoral, um mecanismo de voto indireto que permite que os delegados escolham o presidente, em vez de uma votação popular direta. Cada um dos 50 estados e o Distrito de Colúmbia possuem um número de delegados que varia conforme a população, totalizando 538. Para vencer, um candidato precisa obter pelo menos 270 votos. Embora o voto popular tenha relevância, como demonstrado nas eleições de 2000 e 2016, onde os candidatos mais votados não foram eleitos, a estrutura do Colégio Eleitoral pode levar a resultados em que um candidato com mais votos a nível nacional não conquiste a presidência.
A diferença entre o voto popular e o resultado do Colégio Eleitoral é evidenciada em casos como o de Hillary Clinton, que obteve cerca de 3 milhões de votos a mais que Donald Trump em 2016, mas perdeu na contagem de delegados. Isso se deve ao fato de que, em alguns estados, o candidato que recebe a maioria dos votos leva todos os delegados daquele estado, independente da margem de vitória. Estados menores, embora tenham menos delegados, podem influenciar o resultado das eleições, já que cada estado tem um voto igual na Câmara dos Representantes em caso de empate.
O Colégio Eleitoral foi criado no século 18 como uma solução para os desafios da comunicação e da geografia dos Estados Unidos na época. Ele visa garantir que as diferentes regiões do país sejam representadas de forma equilibrada no processo eleitoral. O sistema foi concebido para dar voz aos estados menores, permitindo que suas necessidades fossem consideradas nas decisões nacionais. Apesar das críticas ao sistema, que sugere que ele pode não refletir a vontade popular, ele continua a ser a base das eleições presidenciais nos Estados Unidos.