Claudio Cezar Alves da Silva, um defensor do Sistema Nacional de Transplantes, compartilha sua experiência de vida após sofrer com problemas renais desde 1994, que exigiram hemodiálise frequente até o transplante de rim. Hoje, aos 58 anos, ele se prepara para receber seu terceiro rim, destacando a importância da confiança no sistema de saúde. Silva enfatiza que o cuidado pessoal, incluindo alimentação e exercícios, é fundamental para a qualidade de vida pós-transplante, mesmo diante da preocupação gerada por recentes relatos de infecções por HIV em pacientes transplantados no Rio de Janeiro.
O Sistema Nacional de Transplantes, respaldado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é considerado um dos maiores programas públicos de transplante de órgãos do mundo, garantindo acesso a transplantes para a população. De acordo com dados do Ministério da Saúde, atualmente, cerca de 44.777 pessoas aguardam um transplante no Brasil, com a maioria necessitando de rins. Após o incidente com infecções, diversas entidades médicas e de saúde defenderam a credibilidade do sistema, reiterando que, apesar do erro, ele tem salvado vidas e proporcionado a recuperação de saúde a milhares de pessoas.
A situação no Rio de Janeiro é considerada inédita e está sendo investigada, mas especialistas, como o presidente da Sociedade Brasileira de Córnea, ressaltam que a confiança no sistema não deve ser comprometida. O transplante de córnea, por exemplo, é um procedimento reconhecido internacionalmente, com a possibilidade de devolver a visão a pacientes com doenças oculares. Apesar das dificuldades, o apoio e a resiliência dos pacientes e profissionais de saúde são essenciais para enfrentar os desafios do sistema de transplantes no Brasil.