O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Paracatu, Minas Gerais, foi afastado de suas funções após uma decisão judicial que atendeu a um pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Ele foi proibido de acessar a sede da entidade e de manter contato com testemunhas e vítimas relacionadas a supostas fraudes na confecção de Cadastros Nacionais da Agricultura Familiar (CAFs). O MPMG investiga a realização de cadastros sem a documentação necessária, o que compromete a veracidade das informações e a conformidade com os requisitos legais.
As investigações revelaram que o presidente do sindicato emitiu 38 declarações fraudulentas de tempo de atividade rural, cobrando R$ 300 por cada uma. Essas declarações foram apresentadas ao Ministério da Agricultura, que as rejeitou. Além disso, ele estava emitindo CAFs fora do espaço do sindicato e sem verificar se os solicitantes cumpriam as condições estabelecidas. As irregularidades vieram à tona após a nova diretoria da entidade receber queixas de usuários que relataram a necessidade de pagamento para a obtenção de documentos.
O investigado, que também detém um cargo eletivo e está em busca de reeleição, pediu seu afastamento da presidência do sindicato para se dedicar à candidatura. Segundo os promotores, essa decisão permitiu a descoberta das irregularidades e ilegalidades cometidas. A situação levanta preocupações sobre a integridade das práticas no sindicato e o impacto que essas ações podem ter sobre a confiança nas instituições que representam a agricultura familiar.