Os líderes militares de Israel estão indicando que o país pode ter atingido seus limites nas operações militares no Líbano e em Gaza, sugerindo que é hora de um acordo político. Essa declaração ocorre em meio a conversas sobre um possível cessar-fogo entre o Hezbollah e Israel, com ambos os candidatos à presidência dos EUA expressando o desejo de que esses conflitos não sejam uma prioridade quando assumirem o cargo. O chefe do Estado-Maior Geral, Herzi Halevi, apontou para a necessidade de uma conclusão das fases militares, embora exista uma incerteza sobre o que isso significaria na prática.
A visão do ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, contrasta com a promessa do primeiro-ministro de uma vitória absoluta, refletindo uma crescente insatisfação com os objetivos da guerra. Gallant argumentou que a situação atual prejudica a gestão da campanha militar e que o foco deve ser na libertação de reféns e na redução das ameaças do Hamas, ao invés de um objetivo maximalista de eliminar completamente suas capacidades. Enquanto isso, o primeiro-ministro continua a reafirmar sua posição de não aceitar um encerramento das hostilidades sem a realização de suas metas.
A possibilidade de um cessar-fogo se torna mais concreta, especialmente com a sinalização do primeiro-ministro interino do Líbano de que o Hezbollah poderia aceitar uma pausa nas hostilidades. As negociações indiretas entre Israel e o Hamas, que haviam estado em pausa, estão sendo retomadas, com a condição de que o foco primordial seja a segurança e a libertação de reféns. Assim, enquanto o cenário militar continua a evoluir, a pressão por uma solução política parece estar crescendo entre os líderes israelenses.