A Shell, uma das maiores petrolíferas da Europa, anunciou que espera um aumento na produção de gás natural liquefeito (GNL) e vendas robustas no terceiro trimestre de 2024, que podem ajudar a mitigar a fraqueza contínua nas margens das operações de refino. A companhia indicou que os resultados de sua principal unidade integrada de gás deverão ser semelhantes aos do segundo trimestre, quando contribuíram com US$ 2,675 bilhões em lucro ajustado.
Os analistas apontam que a Shell deverá depender das vendas de gás para impulsionar seus lucros, uma vez que os preços baixos do petróleo e a redução nas margens de refino provavelmente afetarão negativamente os resultados do setor energético europeu como um todo. No segundo trimestre, a margem de refino da empresa caiu, resultando em uma queda de 33% no lucro ajustado do segmento químico. A empresa alertou que a situação pode ter se agravado ainda mais no terceiro trimestre.
Por outro lado, a companhia revisou para cima sua estimativa de produção de GNL, prevendo entre 7,3 milhões e 7,7 milhões de toneladas, em comparação à previsão anterior de 6,8 milhões a 7,4 milhões de toneladas. No segundo trimestre, a produção de GNL foi de 6,9 milhões de toneladas, evidenciando uma trajetória de crescimento para a unidade de gás em um momento de desafios no setor.