A próxima safra do setor sucroalcooleiro no Brasil deve registrar uma queda na produção de cana-de-açúcar, com estimativas apontando para uma moagem de 588 milhões de toneladas, uma redução em relação aos 654 milhões de toneladas da safra anterior. Essa diminuição é atribuída a fatores climáticos, incluindo a influência do fenômeno La Niña, que impacta tanto o volume quanto a qualidade da cana, medida pelo açúcar total recuperável (ATR).
Embora a expectativa seja de uma queda de 10% na moagem, especialistas afirmam que este número está dentro da média histórica do setor, sugerindo que as usinas estão preparadas para lidar com essas oscilações. Além disso, a normalização dos preços dos insumos agrícolas pode auxiliar na redução dos custos operacionais das companhias, contribuindo para uma recuperação no desempenho financeiro.
A dinâmica global do mercado de açúcar, que mantém os preços em patamares elevados, também pode favorecer as usinas. Com o aumento dos preços do petróleo, há uma expectativa de que parte dos consumidores migre para o etanol, o que poderá influenciar ainda mais o setor sucroalcooleiro. Esses fatores juntos devem ajudar a minimizar os impactos da menor produção prevista para a próxima safra.