Duas categorias de servidores, os auditores fiscais da Receita Federal e os auditores e técnicos de finanças e controle, estão programando mobilizações a partir da próxima semana. Os servidores do Tesouro Nacional e da Controladoria-Geral da União (CGU) planejam paralisações em dois dias da semana e judicializarão uma ação para forçar o governo a publicar mais de 200 portarias relacionadas a cargos de chefia. Por outro lado, os auditores fiscais buscam a abertura de mesas de negociação com o Ministério da Gestão para discutir a reestruturação da carreira e reajustes salariais, tendo em vista um compromisso não cumprido pelo governo.
As negociações para reajustes e mudanças na carreira dos servidores do Tesouro e da CGU estão em andamento há meses, sem resultados positivos. Após a rejeição de uma proposta do governo pela terceira vez, o sindicato decidiu intensificar a greve, que ocorrerá nas terças e quintas-feiras. Além disso, o Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle (Unacon) recorreu à Justiça para exigir a publicação de exonerações a pedido, o que pode impactar as atividades dos órgãos.
Os auditores fiscais da Receita Federal também manifestaram insatisfação com o governo, com cerca de 500 servidores participando de atos em dez capitais. Eles alegam que o governo não está cumprindo acordos relacionados à reestruturação e reajuste, prometidos para serem discutidos até julho. O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco Nacional) espera que o governo reconheça a situação da categoria e atenda às suas demandas, evitando uma escalada nas mobilizações.