Servidores do Hospital Federal de Bonsucesso (HFB), no Rio de Janeiro, realizam manifestações contínuas para impedir a entrada de representantes do Ministério da Saúde e do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), designado para a nova gestão do hospital. Os manifestantes se opõem à transferência da administração, alegando que a decisão representa uma forma de privatização e criticam a contratação de funcionários temporários. A expectativa é que a situação se esclareça durante uma audiência de conciliação agendada para a próxima segunda-feira (21), onde os servidores apresentarão denúncias de possíveis ilegalidades.
O HFB enfrenta um histórico de sucateamento, com falta de pessoal e infraestrutura comprometida, resultando no fechamento de leitos e suspensão de serviços de emergência. Apesar das dificuldades, o Ministério da Saúde defende a escolha do GHC como gestor, ressaltando sua experiência na administração de serviços de saúde em diversas situações, incluindo emergências. A ministra da Saúde afirma que o GHC trará melhorias significativas para a gestão hospitalar no Rio de Janeiro.
Em resposta à crise, o Ministério da Saúde publicou uma portaria autorizando a contratação de 2.252 profissionais de saúde temporários, com o objetivo de suprir a demanda do hospital. O GHC planeja realizar um dimensionamento das necessidades de pessoal em até seis meses, após o que as contratações permanentes devem ocorrer. A prioridade será para profissionais da região, visando garantir a capacidade de atendimento do HFB e a continuidade dos serviços essenciais à população.