Servidores federais, incluindo auditores fiscais da Receita Federal e auditores e técnicos de finanças e controle, estão se preparando para intensificar suas mobilizações na próxima semana. Os trabalhadores do Tesouro Nacional e da Controladoria-Geral da União (CGU) planejam paralisar suas atividades em dois dias da semana, enquanto buscam judicialmente a publicação de portarias relacionadas a mais de 200 cargos de chefia. Os auditores fiscais, que recentemente conseguiram a regulamentação de um bônus de produtividade, reivindicam a abertura de mesas de negociação com o Ministério da Gestão para discutir suas demandas.
Após meses de negociações sem avanço, os servidores do Tesouro e da CGU rejeitaram a proposta do governo pela terceira vez e decidiram ampliar a greve. As paralisações estão programadas para ocorrer nas terças e quintas-feiras, enquanto o Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle (Unacon) busca garantir a publicação de exonerações pendentes, que já ultrapassaram o prazo legal. A falta de ação do governo pode impactar significativamente as operações do Tesouro, que dependem da autorização dos chefes.
Por outro lado, os auditores fiscais da Receita Federal realizaram protestos em diversas capitais, evidenciando a insatisfação com o não cumprimento de compromissos firmados para a reabertura de negociações. O sindicato da categoria, Sindifisco Nacional, espera que o governo reconsidere suas ações e atenda às reivindicações, para evitar uma escalada nas mobilizações, incluindo a entrega de cargos de chefia. As demandas incluem reajustes salariais e reestruturação da carreira, aspectos que se tornaram ainda mais relevantes após a conquista do bônus de produtividade em abril.