Os servidores do Tesouro Nacional, que integram a categoria de auditores e técnicos federais de finanças e controle, decidiram aumentar a paralisação de dois para três dias por semana. A nova programação, que começa na próxima semana, prevê a interrupção das atividades de terça a quinta-feira, em uma mobilização que ocorre em um momento crítico, já que coincide com o prazo para a conclusão de programas que avaliam o cumprimento de metas fiscais em operações de crédito garantidas pela União.
O Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle (Unacon) afirma que essa greve impactará negativamente a contratação de crédito por estados e municípios. Um exemplo mencionado é o caso da prefeitura de Recife, que está buscando discussões sobre o Programa de Equilíbrio Fiscal municipal. Em resposta aos possíveis atrasos nas análises, o Tesouro editou uma portaria que estende o prazo de conclusão desses programas até 30 de novembro, permitindo um alívio temporário para as administrações públicas.
Além do atraso na análise de relatórios e na publicação de dados pelo Tesouro, as vendas do Tesouro Direto foram suspensas às terças-feiras devido à greve. Recentemente, o Tesouro começou a divulgar exonerações de servidores que escolheram deixar seus cargos para aderir à mobilização. A categoria busca não apenas reajuste salarial, mas também uma reestruturação de carreira, embora as negociações com o Ministério da Gestão ainda não tenham avançado.