O senador destacou em seu pronunciamento as consequências enfrentadas por crianças cujos pais estão envolvidos em processos judiciais relacionados aos ataques de 8 de janeiro de 2023. Ele relatou que muitas dessas crianças estão apresentando sérios problemas de saúde, como ansiedade extrema, distúrbios de sono e baixa imunidade, resultantes do afastamento abrupto de seus responsáveis. A situação foi descrita como alarmante, com relatos de crianças que sofreram crises de depressão, deixando de andar, falar e comer.
O parlamentar fez referência ao Código Penal, que prevê a possibilidade de prisão domiciliar para mães ou responsáveis de crianças com até 12 anos, e lembrou que, em 2018, o Supremo Tribunal Federal havia concedido habeas corpus coletivo para beneficiar mulheres na mesma condição. No entanto, ele enfatizou que esses direitos parecem estar sendo ignorados, especialmente no contexto atual, onde os condenados por esses eventos estão sendo tratados de maneira desumana.
Além disso, o senador levantou questões sobre a legitimidade do processo judicial, apontando irregularidades que podem comprometer a validade das ações do Supremo Tribunal Federal. Ele criticou a duração excessiva das prisões preventivas, que afeta, principalmente, idosos e mães com crianças pequenas, e ressaltou que algumas detenções ocorrem sem a devida denúncia por parte da Procuradoria-Geral da República, evidenciando uma série de violações aos direitos dos envolvidos.