O senador Eduardo Girão expressou, em pronunciamento no dia 14 de outubro, sua preocupação com a presença do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e de um ministro em um evento na Itália, promovido pelo grupo Esfera Brasil, que contava com o patrocínio do grupo JBS, envolvido em ações no STF. Girão solicitou informações urgentes ao tribunal sobre a viagem, ressaltando que a situação configura um potencial conflito de interesse. Ele afirmou que a participação de ministros em tais eventos, especialmente quando estão vinculados a ações em andamento, levanta sérias questões éticas.
O senador também criticou a resposta do presidente do STF a propostas aprovadas pela Câmara dos Deputados, que visam limitar os poderes do tribunal e ampliar as possibilidades de impeachment dos ministros. Barroso defendeu a estabilidade das instituições em funcionamento, enquanto Girão o acusou de ser um ativista político que não atua de acordo com a imparcialidade esperada de um membro do STF. Essa discordância reflete um crescente descontentamento com a atuação do tribunal e seus ministros, especialmente em um contexto onde a relação entre os poderes é cada vez mais tensa.
Além de suas críticas, Girão reitera a necessidade de analisar pedidos de impeachment contra os ministros do STF, mencionando uma solicitação feita em 2022. Ele também denunciou abusos de autoridade, citando casos de jornalistas com passaportes retidos e contas bancárias bloqueadas, ressaltando que a situação atual no Senado é insustentável e requer ações efetivas. A indignação do senador reflete um clima de insatisfação e um apelo por mudanças na forma como as instituições estão operando.