O Senado brasileiro irá deliberar na terça-feira (8/10) sobre a indicação de Gabriel Galípolo, atual diretor de Política Monetária do Banco Central, para assumir a presidência da instituição a partir de 2025. A sessão começará às 10 horas com uma sabatina pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), seguida da votação no plenário. Desde a confirmação de sua nomeação pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Galípolo tem buscado apoio entre os senadores, realizando reuniões com pelo menos 48 parlamentares, tanto da base quanto da oposição, para facilitar sua aprovação.
A escolha de Galípolo gera preocupações no mercado financeiro, especialmente devido às críticas do presidente Lula à política monetária e ao histórico acadêmico do economista. Entretanto, a inquietação foi parcialmente atenuada desde agosto, quando Galípolo se posicionou favoravelmente ao aumento da taxa de juros, o que foi implementado em setembro. Com a possível aprovação de sua indicação, os indicados pelo governo Lula se tornariam a maioria no Comitê de Política Monetária (Copom), o que ainda suscita incertezas sobre a condução futura da política monetária.
Para ser confirmado como presidente do Banco Central, Galípolo precisa do apoio da maioria tanto na CAE quanto no plenário do Senado. Em sua última passagem pela Casa em 2023, quando foi indicado para a diretoria de Política Monetária, obteve um resultado favorável expressivo. A expectativa é que a aprovação do economista contribua para a estabilidade da política monetária, embora ainda existam dúvidas sobre se o Banco Central conseguirá ajustar a taxa Selic de forma a controlar a inflação dentro da meta estabelecida.