A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) instaurou um processo administrativo para apurar as alegações da Enel em relação às interrupções de energia que afetaram milhões de consumidores em São Paulo desde o dia 11 de outubro. O objetivo da investigação é verificar a eficácia dos canais de comunicação e do atendimento da empresa durante as falhas no fornecimento de energia, além de analisar o impacto para os clientes e os planos emergenciais propostos para restabelecer o serviço.
A Enel informou que a interrupção foi resultado de um fenômeno climático severo, com ventos de até 107,6 km/h, que afetou diversas regiões da capital. A empresa destacou que a tempestade causou o desligamento de 17 linhas de alta tensão e danos em subestações. Apesar disso, o secretário Nacional do Consumidor, Wadih Damous, enfatizou que eventos climáticos não podem justificar a falta de uma resposta adequada por parte das concessionárias. A empresa alegou que manteve seus canais de atendimento operacionais durante a crise e que já está implementando medidas para mitigar os impactos de novos temporais previstos.
A Senacon também busca avaliar as medidas preventivas adotadas pela Enel, considerando a frequência de eventos climáticos extremos. Entre os pontos analisados estão o plano de contingência, a reparação a consumidores prejudicados, a manutenção da rede elétrica e possíveis falhas nos serviços prestados. A empresa recebeu um prazo adicional de cinco dias para responder a todas as questões levantadas pela secretaria.