O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e a Sociedade Brasileira de Córnea (SBC) confirmaram que os pacientes que receberam córneas de doadores infectados por HIV no Rio de Janeiro não contraíram o vírus. As entidades ressaltaram que a ausência de vasos sanguíneos no tecido da córnea provavelmente impediu a transmissão do HIV. Além disso, enfatizaram que não há registros na literatura médica sobre a transmissão do HIV por meio de transplantes de córnea.
O caso ocorrido no Rio de Janeiro foi considerado um evento isolado e grave, resultado de um erro de exame sorológico em um único laboratório. As instituições defenderam que a situação não reflete o padrão de excelência do sistema de transplantes brasileiro, que é o maior sistema público do mundo, caracterizado por sua confiabilidade e transparência. Diversas sociedades médicas também se pronunciaram, expressando confiança nas práticas de segurança para doadores e receptores.
Por fim, as entidades destacaram que o país possui protocolos rigorosos para garantir a segurança nos procedimentos de doação, abrangendo não apenas testes para HIV, mas também para hepatites e outras doenças. A Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML) afirmou que espera esclarecimentos rápidos sobre as circunstâncias que levaram ao incidente e melhorias nas práticas laboratoriais, tanto na esfera pública quanto privada.