Os fenômenos climáticos El Niño e La Niña, associados à temperatura da superfície do Oceano Pacífico, têm um papel significativo nas mudanças climáticas e na estiagem prolongada no Baixo Amazonas, uma das áreas mais afetadas pela seca no Brasil. A redução das chuvas, destacada por especialistas, é uma consequência direta das alterações climáticas globais, que afetam padrões de temperatura e circulação atmosférica. A falta de precipitações nas cabeceiras dos rios resulta em secas intensas, enquanto o aumento da temperatura média global interfere na distribuição das chuvas, exacerbando a situação na região.
Além dos fenômenos oceânicos, a falta de nuvens durante os períodos de seca resulta em maior radiação solar, aumentando o desconforto da população local. As comunidades enfrentam isolamento devido à seca dos rios, o que compromete o transporte fluvial, essencial para a mobilidade na região. O especialista lembra que eventos passados de seca, como a de 2005, também podem ter causas distintas, como as temperaturas do Oceano Atlântico.
Ao abordar a possibilidade de normalização do clima, o especialista alerta que o conceito de normal deve ser reavaliado em face das mudanças climáticas. A realidade atual implica um novo normal, onde secas extremas e cheias intensas se tornam frequentes. Para mitigar esses efeitos, é crucial replantar árvores e promover a conscientização sobre a preservação ambiental, com o cuidado das nascentes e florestas sendo fundamentais para um futuro sustentável.