A forte estiagem que atinge Santarém, no oeste do Pará, tem gerado desafios significativos para os produtores rurais, especialmente aqueles que cultivam melancia, melão e mamão. A seca intensa compromete o escoamento desses produtos, que dependem do transporte fluvial para chegar às feiras e mercados locais. Com o rio distante e a dificuldade de desembarque, muitos agricultores enfrentam a perspectiva de desistir do cultivo, particularmente da melancia, que se encontra em período de safra.
Produtores têm relatado que a logística de transporte se tornou extremamente desafiadora. Para levar suas colheitas até os pontos de embarque nos rios, muitos precisam percorrer mais de dois quilômetros, utilizando tratores e enfrentando obstáculos que dificultam ainda mais a tarefa. Essa situação é agravada pela imprevisibilidade das estiagens, que varia a cada ano, dificultando o planejamento agrícola e forçando alguns a abandonar suas plantações.
Além das dificuldades no transporte, a crise hídrica impacta diretamente a oferta de alimentos nas feiras, comprometendo o sustento das famílias que dependem da agricultura. A vulnerabilidade dos produtores rurais às variações climáticas destaca a necessidade de estratégias para mitigar os efeitos da seca, garantindo a segurança alimentar e a estabilidade econômica na região de Santarém.