A seca severa na Europa nos últimos dois anos causou uma drástica redução na produção de azeitonas, fazendo com que o preço do azeite de oliva disparasse no Brasil. Este cenário se agrava pela dependência do país em relação às importações, principalmente de Portugal e Espanha, que juntas representam uma parcela significativa do mercado brasileiro. Embora a produção europeia comece a se recuperar, os benefícios dessa recuperação ainda devem demorar a se refletir nos preços para o consumidor brasileiro, que enfrenta valores elevados nas prateleiras.
Com a previsão de um aumento na produção de azeite na Europa, a expectativa é que os preços internacionais comecem a cair gradualmente a partir de 2025. Especialistas apontam que, apesar de uma melhora climática que pode favorecer a produção, existem incertezas quanto à capacidade de recuperação das colheitas, devido a práticas agrícolas que podem estar desequilibrando o meio ambiente. O cenário permanece instável, e a recuperação do setor depende de uma série de fatores, incluindo o clima e as práticas de cultivo.
Diante dessa situação, especialistas recomendam que o Brasil busque estratégias para diminuir sua dependência do azeite importado. Com apenas 7 mil hectares de oliveiras plantadas, o país precisaria expandir essa área significativamente para garantir a autossuficiência. Além disso, consumidores são alertados sobre a possibilidade de golpes em promoções e a importância de verificar a autenticidade dos produtos, especialmente em um momento de preços elevados.