O rio Solimões, um dos principais afluentes do Amazonas, atingiu seu nível mais baixo já registrado, resultando em uma severa crise na região amazônica. Com a profundidade do rio em apenas 3 metros, 11 cm abaixo do recorde anterior, comunidades ribeirinhas enfrentam dificuldades extremas, ficando isoladas e sem acesso a alimentos, água e transporte. A situação se agrava com a proximidade do fim da estação seca, que deve prolongar a escassez de recursos essenciais.
A seca afeta diretamente a subsistência das populações locais, que dependem da pesca como principal fonte de proteína. Os peixes estão desaparecendo devido às altas temperaturas das águas rasas, que tornam o ambiente inóspito para a vida aquática. Além disso, as dificuldades de navegação forçam os moradores a atravessar longos trechos de areia exposta, dificultando ainda mais o transporte de suprimentos.
Especialistas apontam que as mudanças climáticas e o aquecimento global estão intensificando a seca e causando incêndios florestais sem precedentes na Amazônia, comprometendo a vegetação nativa e a biodiversidade da região. A crise enfrentada pelas comunidades ribeirinhas é um reflexo alarmante das consequências ambientais, exigindo atenção e ações urgentes para mitigar o impacto da seca e garantir a sobrevivência dessas populações vulneráveis.