A região do Tapajós enfrenta uma seca extrema, com o nível do rio atingindo apenas 0,07 cm, o menor índice registrado em décadas. A medição mais recente indica uma redução de 12 cm em relação ao dia anterior, evidenciando a gravidade da situação. Essa baixa significativa no volume de água é atribuída às altas temperaturas que provocam a evaporação rápida da água do rio, conforme explicado pela meteorologista Lucieta Martorano.
Comparado a anos anteriores, a atual medição é alarmante. Em 2023, o nível do rio era de 0,60 cm, enquanto em 2015 estava em 3,44 m. A cota de alerta para seca, que é de 2,10 m, foi ultrapassada há mais de um mês. Além dos impactos econômicos, como a interrupção do transporte escolar fluvial e prejuízos à pesca, o fenômeno está diretamente relacionado às mudanças climáticas e à intensificação da escassez de chuvas na Amazônia.
O fenômeno El Niño deste ano também contribui para agravar a situação, pois provoca a diminuição das chuvas em várias partes da região. A meteorologista informa que não há previsão de chuva para os próximos 15 dias e que as ações emergenciais estão sendo mobilizadas pela Defesa Civil para apoiar as comunidades ribeirinhas afetadas. A situação continua a ser monitorada, refletindo a preocupação com os efeitos das mudanças climáticas na bacia do Tapajós.