A seca extrema que atinge a Amazônia tem causado danos significativos ao Rio Xingu, localizado no Pará, com registros de impactos severos devido à estiagem prolongada. O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) divulgou imagens que evidenciam a deterioração do rio em comparação entre setembro de 2023 e setembro de 2024. O Centro de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden) reportou que este é o segundo ano consecutivo de seca extrema no Brasil, afetando quase 60% do território nacional, incluindo cidades como Brasília, que enfrenta recorde de dias sem chuva.
Além do Xingu, outros importantes rios da região, como o Solimões e o Rio Negro, também apresentam níveis de água alarmantemente baixos. O Solimões, um dos principais afluentes do Amazonas, atingiu sua menor cota histórica em Tabatinga, enquanto o Rio Negro registrou uma seca sem precedentes em mais de 120 anos. A pesquisa indica que o nível do Rio Negro, que alcançou 12,66 metros, é um dos mais baixos já medidos, com uma rápida diminuição em comparação ao início do ano.
Especialistas afirmam que os mínimos históricos nos níveis dos rios costumam ocorrer no final de outubro, mas, neste ano, a situação se agravou mais cedo. A pesquisadora Adriana Cuartas do Cemaden alerta que a tendência é que os níveis de água continuem a cair, refletindo a gravidade da seca na região amazônica. As consequências desse fenômeno climático são preocupantes, impactando tanto o ecossistema local quanto as comunidades que dependem desses rios.